quinta-feira, 5 de junho de 2014

EDUCAÇÃO BÁSICA: Assembleia esvaziada e dividida aprova reajuste de 6,5%

Proposta defendida pela diretoria do Sinpro-Rio beneficia os patrões

Quem ganhou com o acordo proposto pela diretoria do Sinpro-Rio? Foram os professores e professoras ou foram os patrões? Logicamente, os patrões. Após reajustarem suas mensalidades acima de 10%, vão dar aos professores 6,5% ou 7%. Um baita negócio! E sequer foram incomodados.

Afinal, a diretoria do Sinpro-Rio não fez campanha salarial, não denunciou os baixíssimos pisos a que estão submetidos milhares de professoras e professores, não lutou pela equiparação salarial, e se rendeu à forma de negociação do patronato.

A assembleia realizada no último sábado (31/5) reuniu pouco mais de 100 professores/as, que decidiram, por pequena diferença de votos, pela aprovação do reajuste salarial proposto e defendido pela diretoria e negociado com o patronato. Os professores receberão 6,5% (para quem recebe acima do piso) e 7,0% (para quem recebe o piso), o que representa R$ 0,92 por aula ou R$ 62,32, no caso dos profissionais da educação infantil e fundamental II que trabalham por 4 horas diárias.

Mesmo sem campanha, sem investimento financeiro, a categoria será cobrada da contribuição assistencial em 3%. Uma vergonha!!!

Por que a campanha NÃO poderia ter sido abortada pela diretoria?

1 - Iniciou de forma tardia, com uma assembleia de pauta, uma de acompanhamento e outra de encerramento;
2 - Não houve campanha nas escolas. E isso o patrão percebeu.
3 - Não houve denúncia dos pisos praticados por cerca de 80% dos patrões; os mesmos que vociferam que a escola de qualidade é a escola privada.
4 - Outras categorias tiveram reajustes bem mais significativos, claro que com pressão e mobilização. Só para se ter ideia, o patronato da base estendida (cujo acordo é celebrado pelo Sinpro-Rio também), que representa escolas bem menores nos municípios de Itaguaí, Paracambi e Seropédica já na 1ª rodada de negociação ofereceu espontaneamente 7,0% e 9,0%;
5 - Os atos públicos marcados para dar visibilidade a campanha e pressionar o patrão, foram cancelados pela diretoria;
6 - Os carros de som recomendados pela 2ª assembleia não foram postos em prática;
7 - As cláusulas sociais, patrimônio dessa categoria e conquistadas com a luta de muitos, estavam preservadas até 31/03/2015. Só estava em negociação o reajuste.
8 - A conjuntura é amplamente favorável a classe trabalhadora, que se manifesta e reivindica por melhores salários e condições de trabalho.

O Movimento Vem Pra Luta, de oposição a essa diretoria, continuará a defender a preservação de nossa entidade, contra o autoritarismo do presidente e por um sindicato que represente a categoria e defenda seus direitos, sem compromisso com patrão!

Vem Pra Luta! O Sinpro é da categoria!

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